Se antevendo as mudanças;
De tempos em tempos, as coisas costumam muda. O que já foi considerado como grande ontem, pode não ser mais relevante hoje. Do mesmo jeito que os ciclos vêm e vão, empresas, produtos e clientes também.
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A importância de estarmos sempre atentos será o tema do nosso newsletter de hoje.
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“As empresas falham porque deixam seus clientes ou porque o cliente as deixa.”
Andrew Grove.
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Para entendermos melhor a diferença de ser grande e continuar seguindo esse caminho no contexto empresarial, precisamos voltar um pouco no tempo, mais precisamente, nas décadas de 60 e 70.
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Neste perÃodo, o mercado acionário nomeava as empresas mais relevantes como as “Nifty 50”, ou seja, eram as cinquenta companhias mais populares e que eram negociadas por múltiplos inimagináveis para época.
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Mas, que empresas eram essas? Nomes como:
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• Polaroid e Kodak, as gigantes da fotografia;
• Coca Cola, o colossal grupo de refrigerantes;
• IBM, a maior empresa de computadores do mundo;
• Xerox, que foi a criadora da fotocópia;
Dentre diversas outras empresas, algumas que já se foram e outras que continuam por aÃ.
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Mesmo com o “carinho” que os investidores detinham pelas ações de alto crescimento, as tecnologias mudam e quem não conseguiu se adaptar ficou para trás. Ou seja, cedo ou tarde, os pontos fundamentais irão mudar e, que não os acompanhar, cairá.
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Para entender melhor o que estou dizendo, você sabia que a mesma tecnologia que “destruiu” a Kodak foi criada por ela mesma?
Fundada em 1878, a Kodak sempre cresceu trazendo inovações e tornando acessÃvel para todos as câmeras fotográficas.
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Com o passar do tempo e evoluções aceleradas no setor, em 1963, a empresa lançou a Instamatic, que era um modelo “econômico” e de fácil manuseio dos “negativos”, aquele filme que você utilizava na hora da revelação.
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Após esse lançamento, a demanda por bobinas de negativo explodiu e começou a significar uma grande parte da venda da empresa. Sendo um sucesso, o que poderia frear a crescente da queridinha americana?
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12 anos depois, ainda com o boom das fotografias, o engenheiro da Kodak, Steven Sasson, inventou a primeira câmera digital do mundo, mas o receio dela destruir o rentável negócio de venda de bobinas, acabou por arquivar o projeto.
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O desfecho da história todos sabem. Ao fim do perÃodo de exclusividade da patente, as pessoas começaram a se atualizar e o negócio principal da empresa é atualmente encontrado somente nos museus.
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Mais cedo ou mais tarde, algum ponto fundamental no seu negócio irá mudar.
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Todos os empreendimentos de sucesso, caso fiquem estagnados, podem ser considerados como a sua própria destruição. Assim como aconteceu com as máquinas fotográficas, temos o exemplo da Black Berry e da Nokia, que basicamente desapareceram com a ascensão da Apple.
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Como dizemos acima, os ciclos sempre se renovam. Quem não inventa a mudança, ou não é early adopter, é um ótimo candidato a não estar aqui no futuro.
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O fracasso de um projeto pode ser o próprio plano.
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E como é possÃvel se antecipar a isso e evitar investir em uma empresa que está ficando para trás?
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O ex-ceo da Inter, Andrew Grove, cita 5 maneiras para se antever as mudanças:
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• Concorrentes atuais: São muitos? A estrutura de capital deles é boa? Estão na mesma área de atividade?
• Fornecedores: Existem muitos players que podem te fornecer o mesmo produto?
• Clientes: São diversificados? Ou existe uma forte concentração?
• Novos concorrentes: Existem empresas de olho no setor? Mesmo que não atuem ainda, outros competidores poderiam querer migrar para esse setor?
• Substituto visÃvel: Estão desenvolvendo uma nova maneira de fazer o que a sua empresa faz? Alguma tecnologia que vai mudar o mercado?
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Sendo esse último, o principal ponto. Foi exatamente o que aconteceu com os transportes rodoviários e aéreos, entre as fintechs e os bancos tradicionais, entre as mÃdias tradicionais e as mÃdias digitais.
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Dentro das nossas carteiras recomendadas, possuÃmos uma empresa que há mais de 100 anos vem inovando e se transformando, inclusive, mudando de setor.
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Estamos falando da Iochpe-Maxion (MYPK3), que começou no ramo madeireiro, passando pelo financeiro e depois entrando no industrial, onde atua até hoje.
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