CondorNews: Custos, uma faca de dois gumes!
Custos, uma faca de dois gumes!
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Aproveitando o fim da temporada de resultados do 3T21, decidimos trazer nesse newsletter um assunto muito importante para entender a dinâmica de uma empresa, porém pouco destacado nos resultados resultados: OS CUSTOS.
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“Controle seus custos ou esqueça dos lucros.” Nelio Wanderley
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Qual é a importância?
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Para começar, da mesma forma que é importante entender como uma receita é formada, é imprescindível saber de quais maneira tais recursos se comportam ao longo da DRE.
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Ou seja, dependendo do modelo principal de custos (fixos ou variáveis) de uma companhia, conseguimos saber como poderá ser seu desempenho em determinado cenário econômico.
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O primeiro tipo de custo que iremos tratar são os variáveis, ou seja, o custo irá aumentar ou diminuir de acordo com o meu volume produzido. Por exemplo, a Camil (#CAML3) necessitará de um saco de matéria prima (arroz) para cada saco de Namorado vendido.
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Já os custos fixos, estes são aquelas que independentemente da quantidade produzida, continuarão iguais. Por exemplo, o custo de aluguel ou o salário dos executivos, que independente do volume de arroz vendido, continuará igual.
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Entender essa dinâmica é essencial para estimar o futuro. Empresas que possuem a maior parte dos custos fixos, tendem a sofrer mais em momentos de recessão, uma vez que as receitas tendem a cair e a parte das despesas não.
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Por outro lado, as empresas que são majoritariamente compostas por custos variáveis, são menos impactadas com a queda da receita, já que o custo acompanhará a retração.
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E, em momentos de bonança?
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Nos momentos de crescimento e retormada dos volumes, as empresas caracterizadas por possuir a maior parte das despesas fixas, se transformam em campeãs!
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Por quê?
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Pela alavancagem operacional, ou ganho de escala.
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Calculando o grau de alavancagem operacional (GAO)⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Para entender qual o grau de impacto do aumento da receita na rentabilidade da empresa, utilizamos o GAO, ou seja, a variação do lucro operacional para uma determinada variação na receita.
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Já as empresas com alto grau de custos variáveis, tendem a ter um GAO mais próximo de 1, já que os custos irão aumentar à medida que a receita se elevar.
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O cálculo fica assim:
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GAO = Variação % do EBIT / Variação % da receita
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EXEMPLO:
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Digamos que a empresa Condor tenha aumentado a receita em 20% entre o ano 1 e o ano 2, e que o seu EBIT tenha variado 50% no mesmo período, qual o GAO da companhia?
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GAO = 0,50/0,20 = 2,5 -> 250%
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Alguns exemplos de empresas que possuem a característica de ter um GAO elevado: Azul (#AZUL4), Gol (#GOLL4), Iochpe Maxion (#MYPK3) etc.
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Por fim, sabemos que analisar companhias não é uma tarefa simples, principalmente para as pessoas físicas, que precisam trabalhar, cuidar do lar e passar tempo com a família.
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Pensando nisso, e cansado dos conflitos de interesse que diversos analistas possuem, nós idealizamos a Condor Insider, uma casa de análise de investimento 100% independente e com apenas um foco: encontrar e recomendar as grandes assimetrias da bolsa.
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Desejamos a todos um ótimo final de semana.
Abraços.